Ducati Panigale V2S. O vídeo

Autor:  Paulo Ribeiro

Maio 3, 2025

Testamos a Ducati Panigale V2S, a moto eleita por Marc Marquez e ‘Pecco’ Bagnaia para treinar quando não estão a correr com a Desmosedici GP25 de MotoGP. Andamos em estrada e completamos a opinião daqueles pilotos, acrescentando a análise de uma utilização quotidiana. Afinal, sejamos honestos, que mais poderíamos acrescentar sobre as qualidades da Panigale V2S em circuito para lá do que dizem os dois melhores pilotos da atualidade?

  • Por: Paulo Ribeiro
  • Imagens: Alex Photo/Ducati
  • Realização e montagem: Alberto Pires

O teste completo já foi publicado e pode ser lido aqui, mas o vídeo transmite outras sensações que a palavra escrita nem sempre consegue. Por isso, deixamos o convite para apreciar aquela que promete ser a nova referência entre as Supersport, pondo termo às enormes dificuldades que vive para ser competitiva no Campeonato do Mundo.

A Ducati Panigale V2S conta, desde logo, com um motor inteiramente novo, com 120 cv às 10.750 rpm, sendo o binário de 93,3 Nm às 8250 rpm. Números que poderão deixar os mais céticos com um expressivo franzir de sobrancelhas. Afinal, são menos 33 cavalos face ao bloco Superquadro de 955 cc que equipava a anterior versão da desportiva italiana!…

Ducati Panigale V2S
Ducati Panigale V2S. O vídeo 5

Mas os números valem o que valem! Ou melhor, têm o valor que queiramos atribuir-lhes. E mesmo sem colocar em causa indesmentíveis verdades matemáticas, a realidade é que este novo bloco tem um potencial enorme. É que, apesar de inferiores, os valores apresentados pela Ducati Panigale V2S surgem de uma forma muito mais progressiva e utilizável.

A matemática da Panigale V2S

Basta ver que 70% do binário está disponível desde as 3000 rpm e a marca anuncia que entre as 4000 e as 11.000 rpm o binário nunca desce dos 80% do valor máximo. O que reflete o importante papel da distribuição variável, com mais potência no topo do regime e acrescido binário em baixas e médias das rotações, a que se soma uma entrega de potência mais suave e controlável.

Ducati Panigale V2S
Ducati Panigale V2S. O vídeo 6

Um motor de grande suavidade, oferecedor de caráter distinto consoante… o estado de espírito do condutor/piloto! É possível rodar calmamente com a Panigale V2S no meio do trânsito ou apreciando a paisagem, para, no instante seguinte, reduzir uma ou duas velocidades e usufruir de uma autêntica moto de corridas. A muito linear de entrega de potência, com força disponível e facilmente utilizável numa larga gama de rotações, reduz grandemente o esforço na condução e aumenta a versatilidade.

De série na Ducati Panigale V2S surgem então as acelerações decididas e vigorosas, e mesmo se não são daquelas de levantar a roda ao mínimo toque, permitem, na verdade um andamento verdadeiramente rápido e divertido. Ritmo desportivo que pode ser exponenciado com a rapidez, precisão e bom feeling proporcionados pelo sistema Ducati Quick Shift 2.0 que acompanha a caixa de 6 velocidades. Que, com alguma surpresa, mostrou ter um escalonamento bem-adaptado à utilização em estrada.

Ducati Panigale V2S
Ducati Panigale V2S. O vídeo 7

Em termos práticos isto traduz-se numa equação de enorme facilidade de utilização e grande controlo. É fácil rodar em cidade, podendo arrancar apenas um pouco acima do ralenti e trocar de caixa sempre nas mais baixas rotações que o V2 não reclama.

Tal como tínhamos realçado no teste da Multistrada V2S, com este novo motor a Ducati ganha preponderância num terreno que estava longe de ser a sua praia. Em clima urbano é agora possível andar sem grande stress, sempre com força disponível e sem grande ruído. Além do escoamento do calor gerado pelo motor (menor que anteriormente) ter sido particularmente cuidado para ser afastado das pernas do condutor. O que é particularmente notório assim que a velocidade passa dos 40 ou 50 km/h.

O feeling transmitido pela Ducati Panigale V2S em estrada – o único habitat em que a testámos – é inspirador de enorme confiança, permitindo perceber tudo o que se passa com a dianteira como com a traseira. E isto sem perder a neutralidade de comportamento exigida quando optamos pelo ‘attack mode’.

Recordações da eterna treliça

Curiosamente – ou talvez não! – a sensação na condução remete-nos para os quadros de treliça que marcaram a história da Ducati. A forma como se sente a traseira a trabalhar, buscando a maior aderência sem prejudicar a facilidade de entrada em curva é digna de ser mencionada, tal como a saída sob aceleração forte. Mas contando agora com uma bem maior solidez na passagem por curva e, não menos importante, nas mudanças abruptas de direção, saltando de curva em curva de forma ágil e precisa.

Claro que, neste sentido, ooperam todas as forças envolvidas, desde o amortecimento entregue à Öhlins, com a forquilha NIX30, de 43 mm e tratamento superficial de nitreto de titânio (TiN), e o amortecedor TTX36 ligado ao belíssimo e leve braço oscilante em alumínio fundido. Além da travagem Brembo, com discos de 320 mm e pinças radiais M50 ou os pneus Pirelli Diablo Rosso IV. Tudo para criar esta Ducati Panigale V2S moto que MotoX.pt testou em estrada depois de Marquez e Bagnaia aprovarem em circuito.

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