Aparentemente alvo de um pequeno rejuvenescimento estético, a Yamaha Tracer 7 GT, tal como a sua irmã com menos joias, sofreu, afinal, uma importante revisão que tocou quase todos os parâmetros. Está mais madura e, acima de tudo, capaz de responder na perfeição a quem procura a melhor porta de entrada no segmento intermédio das ‘sport-touring’. Está ainda melhor, com notória evolução no capítulo dinâmico, reforçando trunfos de polivalência e diversão, de conforto e eficácia.
- Por: Paulo Ribeiro
- Imagens: Gerard Roca, Jaume Soler e P.R.
- Realização e montagem: Alberto Pires
Mantendo o conhecido bloco CP2 de 689 cc, do qual foram fabricadas mais de 400 mil unidades montadas também na naked MT-07, na trail Ténéré e na desportiva R7, a Yamaha Tracer 7 GT mantém o carácter vivo e jovial próprio da configuração da cambota que gera a ignição desfasada, a 270º, dos cilindros. Um pulsar diferente, oferecedor de uma sonoridade única e respostas imediatas, que ficou a ganhar com a adoção do acelerador eletrónico (YCC-T) com sensor de posição montado no punho, oferecedor de maior sensibilidade em todos os movimentos.
A Yamaha Tracer 7 GT respeita a norma Euro5+ mas apresenta os mesmos números de potência (73,4 cv às 8750 rpm) e binário máximos (68 Nm às 6500 rpm), embora as curvas estejam ligeiramente diferentes, mais ‘planas’ reflexo de uma melhor entrega de potência desde as baixas rotações. No entanto, onde se nota maior diferença é na transmissão, com maior suavidade na engrenagem das relações e uma embraiagem assistida que é um primor de facilidade. Mas todas estas e outras mudanças podem ser descobertas com todo o detalhe no teste completo publicado aqui.
Quanto à ciclística, os técnicos entenderam que era necessária aumentar a rigidez da Yamaha Tracer 7 GT e reforçaram o quadro, mudando a forma, o diâmetro e a espessura dos tubos, bem como as placas de reforço. O resultado passou pelo aumento em 13% da rigidez torsional, lateral e longitudinal com natural incidência na parte posterior, pensando nas viagens a dois e com bagagem. Mas foram mais longe e aumentaram a estabilidade de forma bastante notória sem que isso implique menor agilidade.
Yamaha Tracer 7 GT promete continuar sucesso
Modificações também no posto de condução, desde logo pela adoção de um novo depósito, de capacidade aumentada para 18 litros, mas, ainda e sempre, estreito ao nível da união com o assento. O que permite um bom encaixe dos joelhos ao condutor e mais fácil apoio dos pés no solo durante as paragens. Também o banco é novo, agora em duas peças e ajustável para o condutor, em 20 mm e sem ferramentas, variando entre os 830/850 mm na versão standard e 845/865 mm na Yamaha Tracer 7 GT. Assento oferecedor de mais espaço (40 mm) ao passageiro, que também ganhou novos poisa-pés e pegas para as mãos em importante reforço do conforto.
Claro que existem outras diferenças. Desde logo nas decorações disponíveis, com a Yamaha Tracer 7 em vermelho Redline ou preto Midnight, e a Yamaha Tracer 7 GT nos mais exclusivos arranjos gráficos Icon Performance ou Tech Black. E, claro, o preço! Os 1590 euros de distância, entre os 9950 € da versão ‘normal’ e os 11.540 € da GT são justificados pelo nível de equipamento superior. Que vai dos punhos aquecidos ao descanso central (redesenhado para maior facilidade de acionamento e não tocar no asfalto em curvas mais empenhadas) montados de série na GT, passando pelo banco com cobertura e enchimento diferente. Além de fazer parte da ampla lista de acessórios para a versão normal.
Ou seja, variantes da Yamaha Tracer 7 GT que chegam ao mercado nacional em agosto e cobrem diversas necessidades e desejos, ampliando os trunfos daquela que é uma das melhores opções no segmento de entrada da Sport Touring, onde existe uma concorrência cada vez mais feroz.
Partilha este artigo!
