“É um pássaro! É um avião! Não…” Com a chegada da SYM ADX TG 400 o conhecido arranque do genérico do filme Super Homem ganhou nova versão Agora, a banda sonora criada em 1978 pelo genial John Williams (Star Wars, E.T., Indiana Jones, Lista de Schindler, Parque Jurássico e tantos outros sucessos), pode ser acompanhada pelo refrão: “É uma scooter! É uma moto! Não!!! É a SYM ADX TG 400”.
- Por: Paulo Ribeiro
- Imagens: Francisco Cruz
- Montagem e realização: Alberto Pires
O conceito não é novo, tão pouco um exclusivo da SYM ADX TG 400. São, afinal, cada vez mais as propostas que aliam as vantagens de versatilidade urbana de uma scooter com o comportamento dinâmico de uma moto, juntando uma pitada de irreverência própria de uma máquina ‘off-road’. E, neste particular, a imagem não engana, espelhando um claro e despudorado convite à aventura. Mas o conjunto ultrapassa as presunções do capítulo estético e mostra-se particularmente eficaz nas ligações interurbanas como nas saídas das estradas asfaltadas.

Se é verdade que os olhos comem primeiro, a SYM ADXTG 400 tem o sucesso garantido por força de uma imagem altiva e desafiadora, como que a mostrar que é capaz e ir até ao fim do mundo. Nem que esse horizonte longínquo seja, tão somente, aquele areal quase secreto na costa vicentina onde só se chega depois de uns quilómetros num poeirento estradão de terra batida. Os pneus de perfil mais vincado do que uma citadina normal, o guiador largo, as suspensões de longo curso ou a generosa distância livre ao solo são sinais da evidente predisposição para ir um pouco mais além.

Aliás, essa é uma ideia que marca o primeiro encontro. Alta e elegante, dificulta o perfeito apoio dos dois pés no solo a quem tiver menos de metro e setenta e cinco de altura. O formato do assento garante um menor arco das pernas quando se para, é certo, mas a generosa dimensão das placas de apoio dos pés, para facilitar uma condução polivalente, cria um obstáculo aos mais curtos. Ainda assim, nada de problemático já que a distância ao solo fica por acessíveis 790 mm! E, quase como uma verdadeira endurista, o guiador largo da SYM ADX TG 400 cria uma posição dominadora, com boa visibilidade sobre o trânsito ou sobre as irregularidades dos caminhos aventureiro.
Mundo de aventuras com a SYM ADX TG 400
Aventureira que tem no motor monocilíndrico de 399 cc uma das grandes novidades, apresentando a particularidade de possuir um sistema que permite a abertura variável das válvulas de admissão em função das necessidades. Com base na rotação (mas também na temperatura do motor e da abertura do acelerador), o sistema Hyper-VVS (de Variable Valve System) montado na SYM ADX TG 400 faz a mudança para uma came que permite um tempo de abertura maior, por volta das 5500 rotações por minuto, altura em que é atingido o pico de binário, com um enchimento da mistura ar/gasolina mais eficaz no cilindro.
O resultado sente-se com uma entrega de força mais notória na SYM ADX TG 400, até à potência máxima de 35 cavalos, disponibilizada às 7000 rpm, tornando a resposta sempre direta do acelerador ainda mais reativa. Na prática este sistema contribuiu para um consumo mais eficaz do combustível (leia-se: menor consumo) e para acelerações lineares em toda a gama de rotações num motor que mostrou sempre bastante força disponível.

Segundo os dados técnicos da SYM ADX TG 400, 90% do binário está à disposição do condutor a partir das 4500 rpm, o que é sensível nas acelerações em todos os momentos. Forte e despachada desde o arranque, tem o ponto alto quanto entra em ação o Hyper-VVS com um disparo que, sem ser ‘nitro’, proporciona momentos de grande diversão, como pode descobrir, com todos os detalhes ao ler o teste completo.
Já disponível na rede de concessionários em Portugal, em branco, preto ou cinza, e com 5 anos de garantia, a SYM ADX TG 400 tem um preço de 7999 €, justificando a exclusividade das soluções técnicas empregues, bem diferenciadas de propostas como a referencial Honda ADV 350 ou a distinta Peugeot XP400. Uma nota final para o consumo, com uma média global de 4,25 litros por cada centena de quilómetros percorridos, em autoestrada, estradas nacionais, cidade e algum todo-o-terreno, com extremos de 4,77 e 3,95 L/100 km.

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