Honda Transalp (2025). A diferença está nos detalhes

Autor:  Paulo Ribeiro

Janeiro 27, 2025

As evoluções na Honda Transalp são de pormenor, milimétricas e muito específicas. Parece que pouco ou nada muda, mas, na verdade, está mais versátil, mais eficaz e mais segura. Aperfeiçoamentos ditados pelos utilizadores, reforçando o estatuto de faz-tudo e ficando mais próxima da filosofia da Africa Twin. Duas novas combinações cromáticas e uma reforçada lista…

As evoluções na Honda Transalp são de pormenor, milimétricas e muito específicas. Parece que pouco ou nada muda, mas, na verdade, está mais versátil, mais eficaz e mais segura. Aperfeiçoamentos ditados pelos utilizadores, reforçando o estatuto de faz-tudo e ficando mais próxima da filosofia da Africa Twin. Duas novas combinações cromáticas e uma reforçada lista de acessórios genuínos reforçam as ambições para 2025. E colocam a XL750 em boa posição para lutar pelas posições cimeiras no segmento das trail de média cilindrada que está a ganhar terreno às maxi-trail.

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  • Por: Paulo Ribeiro
  • Fotos: Zep Gori e Ciro Meggiolaro

Dois anos após o ressurgimento da Honda Transalp, a marca nipónica levou a cabo uma intervenção na histórica trail para reforçar os seus atributos. Seja nas deslocações quotidianas como nas viagens mais longas, em autoestrada ou por caminhos ‘off-road’. À ergonomia adaptada a todo o tipo de condutores, junta-se a versatilidade da combinação de rodas de 21” e 18 polegadas com um motor de eleição…
Na verdade, o conceito está ainda tão válido que a opção mais lógica passava pela revisão de alguns detalhes. Como o novo farol LED, mais pequeno face à versão anterior da Honda Transalp.

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Mostra agora um desenho que se afasta da família CB500 e está mais próximo da Africa Twin. É mais pequeno, mas também mais potente e com um feixe de luz mais longo e mais largo oferecedor de maior segurança. Maior luminosidade garantida pela troca do sistema refletor por lâmpadas projetoras, proporcionando uma luz mais límpida e intensa. As carenagens permanecem inalteradas, mas a decoração está diferente, com um logótipo maior. Como mais larga aparece grelha do radiador, resultando numa imagem mais agressiva.

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Facilidade na ponta dos dedos

A modernização da Honda Transalp passou também pela adoção de um painel TFT renovado, o mesmo que pode ser visto na maioria dos modelos da gama (exceção feita à Africa Twin). Mantém uma diagonal de 5 polegadas, mas com ícones maiores e com conetividade através da aplicação Honda RoadSync. Painel que é facilmente controlado pelo conjunto de comandos retro iluminados, que tem como peça central um ‘joystick’ que é controlado com o polegar esquerdo em 4 direções. Um verdadeiro mimo na utilização, intuitiva e prática, que terá na dimensão dos botões a única crítica. Sobretudo por parte dos condutores com mãos grandes e que tenham de usar grossas luvas de inverno!

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Para evitar esses contratempos, o próprio sistema RoadSync permite, com o telemóvel conectado e através de intercomunicadores, dar ordens para atender ou fazer chamadas, bem como escolher um destino e ouvir as indicações do sistema de navegação para chegar ao destino.

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E, até lá chegar, ao seu destino, vai mais protegido e confortável. Isto porque a revisão do para-brisas fez surgir uma conduta na área central que ajuda a reduzir pressão aerodinâmica no capacete. Além de ter maiores dimensões e novas formas, conseguidas pela utilização de um novo material. Chama-se Durabio, fabricado a partir de milho e além de maior resistência aos riscos e ao amarelecimento, é também mais cristalino, de maior transparência. E que no caso da também renovada Honda NC750X é aplicado mesmo em algumas peças da carroçaria

Suavidade eletrónica

Inalterado fica o motor da Honda Transalp, o conhecido bicilíndrico paralelo capaz de debitar 92 cavalos (às 9500 rpm) e um binário de 75 Nm (7250 rpm). Motor de timbre dinâmico e desportivo graças a ignição desfasada a 270º e com excelente disponibilidade em todas as rotações. Bloco sem mudanças, é certo, mas que viu o comportamento ligeiramente alterado por força das intervenções na eletrónica. Que, entre outras coisas, aportaram maior suavidade ao acelerador, permitindo um controlo mais fácil e preciso. Pode parecer coisa pouca, mas, na prática, é sempre positivo perceber da melhor forma a reação que o movimento do punho direito vai provocar na roda traseira.

Detalhe que, juntamente com a revisão na injeção eletrónica, garante maior paz de espírito em ambiente urbano e precisão acrescida na condução nas estradas mais curvilíneas. Tanto mais que o ‘quickshifter’ também foi alvo de uma atenção por parte dos técnicos nipónicos. Assim, no caso dos utilizadores que optarem por este acessório, será notória uma maior rapidez e suavidade nas mudanças de velocidades. E tanto para cima como para baixo.

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Outra nota revelada na apresentação técnica prende-se com o escalonamento entre os 4 modos pré-definidos. Dizem os engenheiros que os vários parâmetros de intervenção (entrega de potência, efeito de travão-motor e controlo de tração) estão agora mais diferenciados. Ou seja, é suposto notar uma maior diferença ao mudar do Rain para o Standard ou para o Sport. Na verdade, e sem a versão anterior para comparar, aquilo que efetivamente notamos neste primeiro contacto é que a intervenção do controlo de tração está mais suave no modo Gravel.

Mais agilidade e conforto

Os poucos quilómetros realizados em plena serra algarvia deram para perceber a maior serenidade com que a injeção eletrónica reduz/corta o débito de combustível quando sente a roda traseira a derrapar. O que, por vezes, torna quase impercetível a entrada em funcionamento do HSTC, só percebendo ao ver a luz a piscar.

Mais sensíveis, as mudanças no sistema de amortecimento da Honda Transalp que visaram manter o conforto em estrada e melhorar o comportamento dinâmico fora dela. Assim, a forquilha invertida Showa SFF-CA, de funções separadas, surge agora mais macia. Isto é, com um pouco menos de força tanto em compressão como extensão. O que, na prática, quer dizer que as inalteradas bainhas de 43 mm de diâmetro e 200 mm de curso mm oferecem maior sensação desportiva sem beliscar o conforto.

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A perceção de mais agilidade e acrescida confiança na roda dianteira da Honda Transalp apoia-se, também, na maior firmeza do amortecedor traseiro Showa. Afinações mais duras, tanto na compressão como na extensão, que limitam o saltitar da traseira em pisos mais degradados. E que assim garantem maior controlo sobre a Honda Transalp, nomeadamente em condições de peso acrescido, com passageiro e bagagem. Altura em que, como é óbvio, é aconselhável fazer o ajuste da pré-carga das molas, com 7 níveis na traseira e 15 posições na dianteira

Malas de novidades

Outras novidades para 2025 na Honda Transalp estão na completa lista de acessórios. Que, por questões de economia, simplicidade e facilidade de montagem, estão agrupados em 5 packs. Conjuntos apelidados de Urban, Touring, Comfort, Adventure e Rally e que juntam cerca de três dezenas de itens, sendo completamente compatíveis e acumuláveis entre si.

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Novas são as malas laterais semirrígidas e impermeáveis que podem equipar a Honda Transalp, com 16 L. de capacidade, sendo a do lado esquerdo apta a ser utilizada como espécie de ‘top case’. Importante mais-valia, muito agradecido ao longo de todo o dia de ensaio, é o banco mais confortável. Tem espessura de enchimento aumentado em 15 mm e pode juntar-se ao redesenhada para-brisas mais alto, ou os faróis de nevoeiro.

Acessórios que deverão estar disponíveis logo a seguir ao início da comercialização da Honda Transalp, agendada para o mês de março, e com um preço ainda por definir. Mas que, podemos garantir, não andará muito acima do valor da versão de 2023 que, em 2 anos, vendeu já mais de 25 mil unidades. E com novas cores Pearl Deep Mud Grey (cinzento) e Graphite Black (preto) a juntarem ao conhecido Ross White (branco) mas com um ‘lettering’ diferenciado.

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