Ducati Multistrada V2S. O vídeo
Autor: Paulo Ribeiro
Fevereiro 5, 2025
A Ducati Multistrada V2S está mais leve mas mais musculada. Ganhou em elegância, bem patente na balança como no espelho, onde brilha uma silhueta renovada. Está também com melhor feitio, sobretudo em baixas rotações, mas sem abdicar de um caráter bem vincado quando se acelera forte. Oferece mais bem-estar e agilidade àqueles que se atreverem…
A Ducati Multistrada V2S está mais leve mas mais musculada. Ganhou em elegância, bem patente na balança como no espelho, onde brilha uma silhueta renovada. Está também com melhor feitio, sobretudo em baixas rotações, mas sem abdicar de um caráter bem vincado quando se acelera forte. Oferece mais bem-estar e agilidade àqueles que se atreverem a convidar esta ‘bella donna’ a dançar, proporcionando horas de prazenteira diversão.
- Por: Paulo Ribeiro
- Imagens: Alex Photo
- Realização e montagem: Alberto Pires
Está pronta para novos desafios a Ducati Multistrada V2S! Agora pode permitir-se lutar com armas iguais face a uma concorrência muito mais urbana. Porém sem perder a capacidade de proporcionar emoções fortes quando a estrada exige mais coração. A maior surpresa centrou-se na força que exibe desde os regimes mais baixos, com acelerações facilmente controláveis desde o arranque. Calma e muita serenidade no trânsito justificada pela revisão da injeção, proporcionando resposta mais suave do acelerador do V2 a 90º de 890 cc.
Trunfos da Ducati Multistrada V2S estão onde menos se espera
No entanto, quando a rotação sobe, os 115 cavalos expressam-se de forma esclarecedora. Isto sem nunca perder a compostura, graças a uma completa eletrónica muito apurada e uma suspensão capaz de verdadeiras maravilhas. Claro que, para além do vídeo, pode ler aqui o teste completo à Ducati Multistrada V2S e descobrir como foi possível perder tanto peso.

Podemos adiantar que esta redução foi conseguida graças a um revisão completa, desde o novo quadro monocoque em alumínio ao motor. Bloco que pesa 54,9 kg, qualquer coisa como menos 5.8 kg do que o anterior Testastreta Evoluzione 11⁰. E se ficar entusiasmado e ainda mais curioso, pode descobrir aqui todos detalhes desta moto. Com uma dotação eletrónica tão completa que se estende até ao sistema de amortecimento Ducati Skyhook Suspension. Surpreendentemente tão capaz em estradas reviradas como na cidade
Alén disso, a sonoridade é inconfundível e as acelerações garantem uma diversão interminável. E se é certo que já esperávamos muito potência nas rotações mais elevadas, mas a surpresa centrou-se na força que exibe desde os regimes mais baixos. As acelerações são facilmente controláveis desde o arranque, sem que Ducati Multistrada V2 mostre sinais de irritação ou inquietude. Calma e muita serenidade no trânsito que é justificada pela revisão da injeção, proporcionando resposta mais suave do acelerador.

Comportamento conseguido pelo volante de maior peso (500 g) e inércia (12%) e ajudado pela admissão variável, com as válvulas de entrada da mistura ar/gasolina a abrirem o necessário em cada momento. Abertura reduzida das válvulas de haste oca (para menor peso) nas rotações mais baixas, sendo maior à medida que se acelera. Ficam a ganhar as performances, é certo, mas também a facilidade e o tato, bem como o consumo de combustível.
Com tudo isto, a Ducati Multistrada V2 tem agora armas para lutar um combate até agora quase interdito. A facilidade em baixas vai de encontro aos desejos de quem procura uma máquina capaz de desenvencilhar-se no trânsito sem demasiadas vibrações e ruido. Talvez os mais empedernidos ‘ducatisti’ sintam a falta desse espírito, mas na verdade ele está lá. Só que muito mais acima nas rotações. E mesmo não se tratando de uma distribuição desmodrómica – essa continuará a ser evoluída para a competição e para os topos-de-gama – existe campo para a expressão da exclusiva filosofia Ducati.
Além do mais, e ao longo de mais de 200 km num dia de emoções intensas e muita diversão, o consumo da Ducati Mutistrada V2S ficou-se pelos 5,4 L/100 km. Nada mau atendendo à completa ausência de preocupações economicistas ou ambientalistas. E que pode ser reduzido com facilidade, desde que não haja a necessidade de testar ao limite as valências da nova máquina.
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