- Jorge Casais
- 10.07.2021
A foto acima foi captada da janela do meu quarto às 05h50m. Não podia querer melhor. Estou a conhecer a Noruega com a minha ST. Já percorri estradas e locais que estão perto do paraíso e agora acordo neste pequeno porto de pesca em Sørvågen com um sol radioso e boa temperatura para andar de moto.
Acordei cedo demais (o pequeno-almoço foi servido apenas depois das 08h00) pelo que aproveitei para ir até Ramberg para atestar a mota e, no regresso para o hotel, parar em alguns locais que tinha em mente fotografar e parar noutros apenas para poder apreciar a paisagem com calma. É merecedora.
O pequeno-almoço estava top e reconheço que “atestei” demasiado. Também, por outro lado, com tanta comida no estômago, não precisaria de parar durante o passeio que tinha planeado para hoje. E assim foi.
Primeiro ponto de paragem junto à placa com o nome mais curto do mundo para uma localidade Å. Sim apenas isso.
Depois de captado o momento fui até ao final da estrada E10 e foi aí que começou a etapa 14 que ligou Sørvågen a Tromso.
Grande parte desta estrada já a tinha feito no dia anterior mas, para sair de Lofoten, é a única forma de fazer sem ser por estradas realmente muito secundárias e que demoraria uma eternidade. Mas estas idas pela vinda têm, em muitos casos, uma virtude. Conseguimos ver o que nos rodeia numa perspectiva diferente e, neste caso, houve troços da estrada que de facto são muito mais marcantes quando estamos a sair de Lofoten.
Na foto abaixo partilho um exemplo de uma perspectiva, para mim interessante, que ontem apenas me consegui aperceber pelo retrovisor e que hoje a vi de frente.
E diga-se em abono da verdade que não me importei absolutamente nada de ter repetido esta estrada até Bjerkvik. Se fiquei fã deste local? Sim, claro que sim. Mas não posso esquecer um outro bem lá em baixo, em Lindesnes, e que coincide com o extremo sul da Noruega.
Pelo meio ainda houve tempo para conhecer um Surfista Norueguês que adora Portugal e que tem vindo com alguma regularidade surfar nas praias portuguesas.
O Tommy possui uma unidade hoteleira que me pareceu simpática. Se for como o Tommy, um tipo impecável, de certeza que o serviço é bom. Para quem estiver a pensar ir um dia para estes lados fica a dica.
- Alstad Kro & Camp
- https://www.alstadcamp.no/?fbclid=IwAR3CeO5RVoYRbhuVji03Rxwz9VIB26JyZbWApCYM74OSVDMR07H53-UdfdI
Mas como a bola em que nós terráqueos vivemos é de facto muito pequena, fiquei hoje a perceber que o Stig Olsen é familiar do Tommy Olsen, quando no post que coloquei o Stig entra em discurso directo com o Tomm. Que confusão, mas foi isto que aconteceu. O Stig estava no mesmo hotel (do faroeste), em Vik, e quando viu a matrícula da ST perguntou se eu tinha vindo de moto desde Portugal. Palavra puxa palavra e lá ficamos um bom bocado à conversa onde o Thor, claro, também fazia parte do grupo. Uma Aprilia, uma BMW e uma moto a sério, uma Yamaha. Não resisto à picardia do costume. OVER AND OUT.
Aqui, nesta casa do Tommy, também é possível comprar uns “recuerdos”,o que fiz para trazer para a família. Como o espaço é realmente muito pouco teve que ser com umas ervas daqui da terra para fazer chá ou infusão. Nunca sei qual o termo correcto.
E como tinha para lá uns stickers de Lofoten aqui vai disto e toca a colar mais um na ST.
A estrada possui alguns troços em que parece que está “penteada”, com alguma gravilha e pedaços de alcatrão à mistura. Exigem atenção redobrada porque, apesar da muita educação para com os motociclistas, os condutores dos automóveis quando vêem a estrada “penteada” parece que se lhes passa alguma coisa pela cabeça e mandam sempre uma “travadela”!
Ainda tempo para parar numa tenda Sami onde vendiam produtos característicos desta etnia. Na entrada vi pela primeira vez duas renas desde que estou a viajar pela Noruega, só que eram empalhadas.
(código para colar no Google Maps – 43V2+8X Heia)
Entretanto chego a Tromso, dirijo-me para o hotel que tinha marcado (agora porto-me direitinho, não vá o diabo tecê-las) e, mais uma vez, um filme de terror para estacionar a moto.
Um parque coberto mesmo ao lado do hotel não permitia estacionar motas. A sério? Incrível mas é verdade. Depois tentei um outro parque coberto, também não muito longe do hotel, e não consegui entrar por causa daquela situação de termos que introduzir a matrícula, e como não é norueguesa ou sueca, não é reconhecida. Acabei por ter que deixar num parque a céu aberto que rezo para que amanhã esteja tudo bem e no sítio.
Amanhã vou para Alta e depois… ando aqui a magicar umas coisas antes de ir ao cabo norte.
Diário económico…
- Estadia – 110.00€ (Hotel Thon)
- Refeições – 35.00€
- Gasolina – 54.00€
Somando tudo dá 199.00€
- (*) Estes consumos são retirados do computador de bordo da ST. No início de cada dia faço reset a este parâmetro.
- Realço a vermelho quando tenho despesas não previstas ou associadas à manutenção, prevista, da ST
- Percorridos – 557 km Horas efectivas de condução – 07h45m Total de horas em passeio – 10h00m
- Altitude máxima – 424 m Moto – Yamaha Super Ténéré
Vídeo
Wikilok
https://pt.wikiloc.com/trilhas-motociclismo/09-07-2021-nordkapp-rognan-a-lofoten-77818066