- Jorge Casais
- 27.06.2021 – 2ª Etapa
A Europa é um estaleiro gigante … mas já lá vou.
Sabia que iria ter que colocar a ST em mais um dia de “rolos”, pois seriam mais umas fastidiosas centenas de km em AE. No entanto, em termos de paisagem, este percurso foi bem melhor. Principalmente a partir do momento em que entrei na Bélgica e passei para a Alemanha. Destaco a parte final, depois de Hamburgo que me pareceu ser bastante interessante. Irei certamente pesquisar melhor e com tempo porque para estes lados não conheço rigorosamente nada.
Quando consultei logo de manhã a previsão do tempo era de muita chuva e trovoada, pelo que me equipei a rigor o que, com o calor que estava, parecia que ia derreter. Ainda percorri uns 50 km todo equipado e preparado para o que desse e viesse…até podiam chover crocodilos e tubarões brancos que eu fazia-lhes frente com a minha protecção à prova de tudo. No entanto, felizmente, nem umas gotinhas de chuva caíram. Na primeira estação de serviço toca a tirar tudo, empacotar tudo direito e siga viagem. No norte de França e Bélgica sempre muito enublado e calorento, mas depois na Alemanha com o céu bem azul e com muito, mas mesmo muito calor, e abafado.
Volto à frase inicial e passo a explicá-la. Cheguei à conclusão que a Europa abriu um estaleiro enorme para construir novas auto estradas, reparar as mesmas, ou ainda alargar as já existentes. A sério, é inacreditável as centenas de km em estaleiro gigante quer em França, quer na Bélgica quer ainda na Alemanha. Afinal de contas tanto se fala no ambiente, blá, blá, blá, e o alcatrão e o betão estão aí a toda a força (os políticos são iguais em toda a parte. Porque será?). Eu não critico porque não sou um verdinho (apesar de sportinguista e sofredor), defensor das “ditas” energias limpas…mas mais não digo. Aliás, como costumo dizer, quando quero matar uma discussão que eu próprio acendi “Over and Out”.
Voltando a esta segunda etapa e ao que interessa. Se já ontem tinha “ganho” algum tempo e distância, hoje julgava que iria conseguir ganhar ainda mais. Sendo um dia em que iria percorrer alguns km na Alemanha poderia, não comprometendo a condução e os consumos para não ter que estar constantemente a parar para dar de beber à ST, manter uma velocidade mais viva e ir até bem perto de Copenhaga. Enganei-me, mas não redondamente. Tinha previsto ficar em Dusseldorf e vim parar a Flensburg. Mesmo assim, foram mais cerca de 500 km que percorri que o inicialmente previsto. Desculpem lá voltar a falar nisto mas de facto andar a 60 km ou 80 km em AE durante mais de 300 km é mesmo desesperante e se juntarmos o calor que se fazia sentir nem é bom pensar. Mas o erro foi meu porque tanto planeei e não liguei às indicações que o Google Maps dá sobre as estradas em obras… nunca mais me esquecerei deste pequeno mas de enorme importância detalhe. Viver para aprender.
Ora vamos lá a contas:
Para este dia tinha previsto gastar, entre hotel+refeições+gasolina+portagens, cerca de 285.00€. O que realmente aconteceu foi:
- Estadia – 67.00€ No Ibis Budget Flensburg Handewitt
- Refeições – 56.00€
- Gasolina – 96.00€
- Portagens – Perdi os dois “ticket“ pelo que não consigo dizer quanto gastei… mas tenho ideia de ter pago à volta de 15.00€
Somando tudo dá 235.00€ a que acresce o facto de, mais uma vez, ter ficado mais acima do que esperava em termos de km. Já lá vão entre ontem e hoje cerca de 1000 km a mais do que tinha previsto realizar… mais dias na Noruega ?!??!!?
Percorridos – 1066 km. Horas efectivas de condução – 09h48m. Total de horas em passeio – 11h30m
Altitude máxima – 302 m Moto – Yamaha Super Ténéré
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