Viagem a Nordkapp, de Kristiansand a Stavanger.
Junho 30, 2021
Jorge Casais30.06.2021 – 5ª Etapa Hoje foi dia de andar já por alguns fiordes e tendo como espinha dorsal a E39 para ligar Kristiansand a Stavanger. Para aquecer e passados não mais de 30 km na E39, dou de caras com um daqueles mais pequenos mas que se fica logo meio “zonzo”. Infelizmente, aqui na…

- Jorge Casais
- 30.06.2021 – 5ª Etapa

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Hoje foi dia de andar já por alguns fiordes e tendo como espinha dorsal a E39 para ligar Kristiansand a Stavanger.
Para aquecer e passados não mais de 30 km na E39, dou de caras com um daqueles mais pequenos mas que se fica logo meio “zonzo”. Infelizmente, aqui na Noruega não se pode parar, como faço tantas vezes em Portugal, onde quero, mas sim onde eles deixam. Digo isto porque o tal local onde eles deixam nem sequer é o melhor. Mas nem por isso o momento deixou de ficar registado para mais tarde recordar.



Até aqui vim sempre como “olhar pendurado” nas gigantescas obras públicas que julgo serem para uma AE. Verdade seja dita que a Noruega bem necessita, pois possuía uma rede viária muito fraca. Por causa desta gigantesca obra algumas das estradinhas que tinha planeado não as pude percorrer porque estavam interditas. Ok, siga em frente que logo se resolverá e resolveu.
Continuando pela E39, e percorridos mais cerca 20 km, nova paragem para registo fotográfico e apreciar o que estava diante do meu olhar. Bem, hoje isto aconteceu-me várias vezes e os vídeos que tenho para editar vão levar poucos cortes… vão ser com um bom par de minutos. Este Fiorde, também dos “pequeninos”, é digno de ser. Pena mais uma vez não se poder parar em alguns spots e ficar para ali parado a contemplar, feito filósofo da vida… mas é o que é. No entanto, se os vídeos tiverem ficado bem conseguimos ter uma ideia do que os meus olhos viram.


Toca a colocar a borracha na estrada, e nem sequer imaginava o fantástico que iria ser. Para mim, quando marquei este ponto de passagem, seria apenas poder dizer que estive no extremo sul da Noruega. Mas não foi, foi sim muito, mas mesmo muito mais do que isso. Estrada BRUTAL, Paisagem de CORTAR A RESPIRAÇÃO, Localidades INDESCRÍTIVELMENTE BONITAS e a dar vontade de vir para aqui viver. Para além disso as pessoas aqui são muito simpáticas, talvez habituadas a ter turismo, contrariamente à opinião que tenho do povo Norueguês… mas se calhar é apenas impressão minha.
Pois é, estou a falar de Lindesnes e a estrada que nos leva até esta localidade. Em Vigeland cortamos para a 460 e passamos por várias localidades. Infelizmente não parei em nenhuma delas, mas felizmente filmei. Julguei que era uma ida pela vinda pelo que não parei. Pensava eu como os meus botões que no sentido do regresso o impacto visual iria ser muito melhor. Ainda ponderei fazer tudo de novo mas depois tive receio de chegar muito tarde a Stavanger e não arranjar o hotel em que tinha planeado ficar, o aconteceu efectivamente mas por outra razão… volto aqui mais à frente.
Chegado ao extremo, comprado o bilhete para visitar o local, lá andei eu munido da máquina fotográfica, qual sr. Fritz, só me faltavam as sandálias e a meia branca, a fazer a minha cobertura fotográfica. O local está bem estruturado pois conseguimos perceber como era a vida dos Homens que, não vai assim há tantos anos atrás, aqui viviam e trabalhavam. Vemos também vestígios da ocupação Alemã, durante a segunda guerra mundial, pelas “casernas”, baterias anti-aéreas e trincheiras.
Valeu a pena lá ir por todas as razões e mais alguma, mas o ir no desconhecimento total do que seria a estrada, a paisagem e a beleza das localidades, só por isso deixa para segundo plano o ter ido pisar mais um extremo, neste caso o sul da Noruega. Recomendo vivamente quem estiver a pensar aqui vir que não deixe de visitar o farol de Lindesnes.




Para os companheiros do alcatrão ficou o momento da minha ida a este extremo, e em representação do Motoclube FERESPE, registado no livro de visitas.

Fiquei por ali a deambular cerca de uma hora e não dei o tempo por perdido… mas a estrada chamava a ST e lá tive que ir. As casas são em geral bem bonitas. Não me importava de ter uma assim.

Chegado a Hollen cortei pela esquerda e tomei a estrada Fv401 para vir a mesma entroncar na 43 uns km mais à frente. Muita curva para todos os gostos e feitios, muitos túneis e algumas pontes, mas também alguns fiordes. Mais uma vez não foi possível parar onde queria.
Saliento a saída de uns dos túneis, em que se entra de imediato numa ponte e quando olhamos para o lado, seja ele qual for, damos de caras com um fiorde DIVINAL. Está filmado mas não consigo partilhar o sítio exacto onde se encontra esta ponte. Em Lyndgal volto a apanhar a E39 que me irá trazer até Stavanger. Mais um corropio de emoções. À medida que ia avançando em direcção ao destino desta quinta etapa parecia que ia sendo um crescendo.
Passei por inúmeros rios e cascatas e quando consegui parar num deles não perdi a oportunidade.


Mais uns km e dou de caras com um bar que me pareceu ter um expresso à maneira, que bem falta me anda a fazer. Enganei-me redondamente. Mais uma zurrapa. No entanto parei num “Motard Point” que, pelos vistos, é ponto de concentração aos fins de semana. Mas marquei o ponto em representação do Motoclube Ferespe, Zés a Lés, Motocar e Motox.

De facto o dia foi mesmo de grande passeio. Nada a desapontar, bem pelo contrário, e a comprovar já muito mais perto do final da etapa dou de caras com duas paisagens magníficas.
Uma primeira e onde o local para parar até não era dos piores, ficava em Lund.


O segundo momento foi uns km mais à frente, também em Lund.


Depois dos crescendo de emoções pelo qual passei hoje, o que virá a seguir…
Como partilhei antes de iniciar este viagem ao Cabo Norte, iria ter cerca de 15 dias para saborear a Noruega. É o que ando a fazer. A ST é que deve estar a estranhar. Um verdadeiro puro sangue a vaguear pela Noruega quase desmaiado. Mais concretamente parece que ando a pastar a vaca. A ST que me perdoe a comparação. Não a quero amuada.
Bem, uma coisa é certa, daqui para a frente os hoteis em que tinha pensado ficar nas cidades de maior dimensão vou esquecê-los porque estacionar a moto é um verdadeiro filme. Já o tinha sido em Kristiansand, valeu a simpatia da Senhora do Hotel. Mas agora em Stavanger, bem no centro histórico, dois bons hoteis não tinham parque. Teria que deixar a mota num parque municipal que, em ambos casos, ficavam a uma dezena de metros. O problema é pagar o parque. As maquinetas pedem a matrícula e, quando a metemos, o cérebro da maquineta gela e diz que não é reconhecida. Pois claro que não. É uma matrícula Portuguesa! Procuramos algum colaborador do parque para nos ajudar e não tem ninguém. Um filme.
Bem acabei por ficar a cerca de 5 km do centro histórico, mas o hotel Ydalir é Top.
Ora vamos lá juntar uns Euros na dolorosa
- Estadia – 117.00€ No Ydalir hotel (Stavanger)
- Refeições – 45.00€
- Gasolina – 28.00€
Somando tudo dá 190.00€ mas faço notar que fiquei a meio do caminho para Stavanger.


- Percorridos – 327 km Horas efectivas de condução – 05h45m Total de horas em passeio – 08h08m
- Altitude máxima – 277 m Moto – Yamaha Super Ténéré
Vídeo
1 – https://youtu.be/qojmUdX17o8
2 – https://youtu.be/u13Dik3XAQQ
3 – https://youtu.be/f9Ypa8Uda5w
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