Valentino Rossi ganhou vários mundiais. Sendo que, para que um piloto seja Campeão do Mundo, basta-lhe chegar ao final de um campeonato com mais pontos que todos os outros. Com isto não quero retirar valor a nenhum, que fique bem claro. Apenas alertar para o facto de que há muitas outras dimensões, porventura mais difíceis de atingir!
- Texto: Alberto Pires
Comecei a seguir o campeonato mundial de velocidade no final dos anos ’70, quando quando o rei se chamava Kenny Roberts, e depois dele brilharam Lucchinelli, Uncini, Spencer, Lawson, Gardner, Rainey…
Curiosamente, um piloto foi mais admirado do que todos os outros, apesar de nunca ser campeão. Chamava-se Randy Mamola! O que é que ele tinha de especial ? A posição de condução, as cavaladas e as atravessadelas.
Ora, foi todo esse espetáculo em pista associado à juventude, à exuberância com que vencia corridas e em seguida as comemorava que elevou Valentino Rossi, no final dos anos ’90, ao estatuto máximo que um piloto pode atingir. Ser o mais amado e seguido em todos os Grandes Prémios por onde passava.
A Aprilia aproveitou muito bem o facto de o ter como piloto. Se já transferia as decorações usadas nas 250 cc do mundial para decorar as suas scooters SR e RS’s com 50cc, 125 cc e 250cc, elevou esse exercício a outro nível. Com as muitas “Rossi Réplica”, usando-o também como imagem de marca nos seus catálogos.
Da mesma forma, quando conquistou o último título do mundial de 500 cc aos comandos da Honda NSR 500, a marca japonesa promoveu a sua imagem através de uma scooter e da CBR600F, ostentando a sua decoração, número e patrocínios! A glorificação do mito juntamente com o aproveitamento comercial de de marketing. Entretanto já passaram mais de vinte anos, e elas continuam por aí!
Quando se mudou para a Yamaha, em 2004, a importância da sua imagem voltaria a ser decisiva para a criação de réplicas.
