- Texto e fotos: Jorge Casais
Chegamos ao fim mas… não terminou por aqui esta Transpirenaica. É que, se foi concluída, deixou muitas reservas mentais e ficou, manifestamente, a saber a pouco A passagem de alguns passos de montanha míticos foi realizada debaixo de um nevoeiro intenso. O que é que vimos? NEVOEIRO. O que é que sentimos? Receio de vir pela ribanceira abaixo ou de levar com um carro…
Mas, apesar de tudom correu bem e as companhias foram EXCELENTES, pelo que aproveito esta oportunidade para agradecer ao meu irmão (Paulo Casais) e ao João Araújo por terem ambos aceite o desafio de percorrer esta mítica travessia dos Pirinéus e de regressarem a casa à moda do ‘je’, isto é, desligar o cérebro e comer quase 1400 km parando apenas para dar de beber às mulas.
Quando em Agosto de 2019 decidi percorrer os 4 extremos da Península Ibérica no menor espaço de tempo possível (https://youtu.be/i7Zmqozk3rs), fiquei especialmente atraído pelo Cabo de Creus. Por ter chegado bem cedo e ter assistido ao nascer do sol reforçou a atração por aquele local. Na altura fiquei ainda um bom pedaço de tempo para poder absorver o que se desenrolava diante dos meus olhos.
Mas não foi apenas o facto de ter chegado ao farol e saber que estava no extremo oriental da Península Ibérica. A envolvente até chegar ao mesmo pelo, Parque Natural de Cap de Creus, foi incrível. A combinação daquela estrada estreita, mas em bom estado, a serpentear por aquela paisagem foi, para mim, divinal. Em agosto de 2019, altura em que foram feitas as fotos acima, disse que haveria de lá voltar e assim foi. Acabamos o nosso passeio pela Transpirenaica em beleza no Cabo de Creus. Tivemos sorte porque as condições meteorológicas estavam quase perfeitas.
Para regressar, a ideia original deste passeio seria capturar o momento do nascer do sol em Cabo de Creus e fazer a viagem direta ao cabo Finisterra para capturar o momento do pôr do sol… Não o fizemos porque esta coisa do covidismo atrapalha tudo. Saímos do hotel já demasiado tarde pois o pequeno-almoço teve que ser tomado às horas normais de expediente. Mesmo depois de insistentes pedidos não proporcionaram um ‘early breakfast’, pelo que, e uma vez que não iriámos assistir ao nascer do sol, não fazia sentido andar a comer quilómetros se um dos objetivos não foi possível de concretizar.
É incrível a quantidade de motociclistas, em grupo ou a solo, que visitam este local, já para não falar dos ciclistas que a circularem por aquela estradinha sinuosa são um empecilho e dos grandes. Desculpem-me os ciclistas mas a verdade é que se tivessem um comportamento como o que assisti na Noruega, Finlândia, Suécia e Dinamarca, em que andam em fila e NUNCA aos pares, certamente que facilitaria, e muito, o trânsito naquela estrada e em muitas outras deste tipo.
Um objetivo não foi alcançado click here for inforeturns & exchanges policy, parcialmente, desta vez e o outro nem sequer foi tentado, pelo que já estou a estudar na agenda a passagem daqueles cols que ficaram em falta, bem como fazer o dito regresso Cabo de Creus ao Cabo Finisterra.
Recentemente afirmei que a Noruega, depois de por lá ter andado 16 dias, é dos países mais bonitos dentre aqueles conheço. Não tive oportunidade de ver aqueles cols míticos, mas estou certo que continuarei a achar a Noruega um destino a voltar vezes sem conta. Mesmo repetindo locais já visitados.
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