Vinte anos depois do lançamento original, a Suzuki V-Strom 1050DE regressa profundamente renovada. Na bagagem traz argumentos que a tornam uma proposta deveras interessante na categoria mais disputada da atualidade. Sobretudo no capítulo da eletrónica, exponenciando o grande potencial do último grande motor em V de origem japonesa.
- Por: Paulo Ribeiro
- Realização: Alberto Pires
- Imagens: Rui Jorge
As mudanças estéticas são bastante pequenas, assentes na combinação de pintura brilhante e elementos mate, além de elementos que reforçam a imagem aventureira. Do conjunto guarda lamas dianteiro em três peças para maior resistência à proteção do motor em alumínio ou à barra de proteção inferior e acessórios. E se é certo que nem mesmo o famoso bico-de-pato, reflexo do ADN da Suzuki, cria aquele efeito ‘wow’, a verdade é que a Suzuki V-Strom 1050DE chega ao mercado português com diferenças significativas. Quer em termos de equipamento como, não menos importante, de comportamento.
O motor , além das duas velas por cilindro para uma combustão mais completa, melhorando valores de eficiência térmica e consumo, conta com uma única novidade. Em estreia absoluta na marca, a Suzuki V-Strom 1050 DE possui válvulas de escape ocas e interior cheio de sódio, garantindo menor aquecimento e maior fiabilidade.
Mudança pequena, podem pensar, numa máquina que, graças a pequenas alterações, está muito mais amigável, fácil e eficaz. O acelerador, por exemplo, garante um tato ainda mais fiel, com uma resistência na fase inicial a lembrar os ‘velhos’ cabos que levavam ordens de despacho até aos carburadores. Sem aquela sensação de vazio conferida por alguns sistemas ‘throttle-by-wire’, permite um controlo muito preciso em bem conseguida ligação com toda a eletrónica.
Eletrónica para que te quero
Aliás, a maior evolução deu-se no capítulo da eletrónica com a chegada de uma unidade de medição inercial (IMU) de 6 eixos que ajuda a controlar o Suzuki Intelligent Ride System (SIRS). Afinal, oferece tudo o que se possa imaginar!
Da travagem em curva aos dois níveis de intervenção do ABS, do arranque fácil com apenas um ligeiro toque no ‘starter’ à ajuda ao arranque em subida. Bem como pela adaptação automática da travagem consoante a carga e inclinação da estrada, e na maior sensibilidade e eficácia dos três modos de motor. Em suma, muitas mudanças, analisadas ao pormenor na apresentação da Suzuki V-Strom 1050DE de que podem ler aqui o teste completo.