- Texto: Fernando Pedrinho
- Imagens: Fernando Pedrinho e Gonçalo Ferreira
Quando se planeia uma volta à Madeira o problema está na escolha dos percursos que queremos percorrer, sobretudo quando o tempo é limitado. Por isso, nada melhor do que chegar à ilha, apanhar a moto e seguir na companhia de quem conhece bem a Pérola do Atlântico. Qualquer escolha será sempre acertada.
Numa conversa informal com o Miguel Zacarias da MZ Bike, fiquei a saber que ia voltar à Madeira para uma volta de moto, utilizando uma KTM 890R Adventure. “E tens tempo para irmos para o monte? Um dia vamos de moto e no outro de bicicleta…”, perguntava ele. Infelizmente não ia dar, até porque o tempo era limitado e havia ainda que levar a família a outros locais. A volta ficou agendada para o dia de Sexta-feira santa, saindo de manhã do Funchal e percorrendo a ilha perimetralmente com o meu primo Gonçalo Paula Ferreira, que estando temporariamente na Madeira a trabalhar à distância – aproveitando o ‘ter casado’ para a ilha – podia assim matar saudades da velha companheira, a FJR1300 que levou de Portugal para Hilversum, na Holanda.
A pé por altos e baixos
Ora como já tinha a moto, aproveitei antes para ir ver outros sítios que já não passaria na volta de Sexta-feira. Assim, guardei a manhã para percorrer a vereda da Ponta de São Lourenço, uma língua de terra que se estende mar dentro e permite um bom exercício de ‘trekking’ num percurso que excede os 8 quilómetros com uma boas subidas de permeio. A volta é uma boa lição de geologia sobre vulcanismo e flora, proporcionando uma paleta de paisagens de cortar a respiração, sobretudo das fragas que se estendem a pique sobre o Atlântico e são constantemente açoitadas pelas vagas de mar alto.
Um pouco mais à frente estão as Desertas e as suas colónias de lobos marinhos. Já agora, fiquem a saber que este pedaço de terra árido – contrastando com o resto da ilha – deve o nome à caravela utilizada por João Gonçalves Zarco (junto com Bartolomeu Perestrelo e Tristão Vaz da Cunha) para descobrir a ilha vulcânica em 1419, que de tanta árvore lhe valeu o nome de Madeira.
Ainda ali por perto, vale a pena descer à Prainha, a única praia de areia natural na ilha, mas de cor negra, por contraste com as areias resplandecentes da praia de Porto Santo.
A Madeira tem 741 km2 de área, mas uma orografia ‘tramada’. Num passado muito distante eram horas a fio para fazer alguns quilómetros de curva e contracurva, descidas e subidas ladeadas por precipícios. Mas o Governo Regional conseguiu fundos europeus que lhe permitiu construir uma rede viária invejável com túneis e viadutos por todo o lado que tornaram a ilha bem mais ‘pequena’, tal a facilidade de acesso que proporciona.
Há duas vias rápidas, a VR1 e a VR2, e um impressionante número de 166 túneis que somam mais de 100 quilómetros escavados na rocha e solo vulcânico insular. Ora aproveitando a destreza e potência da Adventure R, foi num ‘fósforo’ que liguei a Camacha à Ribeira Brava. Daí saí para norte rumo à Encumeada, num divertido revirado com belos miradouros de permeio, até atingir a zona de planalto. Aí é sempre a direito, na direção de Porto Moniz, onde resolvi ir ver o Parque Florestal do Fanal, onde se podem ver as árvores endémicas da Macaronésia (que inclui os arquipélagos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde) e constituem parte da floresta laurissilva, que atinge maior expressão em termos de área precisamente na Madeira. O til é uma laurácea nativa da Madeira e Canárias, que pode atingir os 30 metros e formas que a tornariam digna de qualquer saga do Senhor dos Anéis.
Ali perto, resolvi fazer umas fotos descendo para um prado de um atrativo verde brilhante. Mas a coisa podia ter descambado numa grande asneira, pois a tração era nula e os pneus logo se encheram de um barro pegajoso pelo que subir de volta à estrada foi o cabo dos trabalhos.
Lição aprendida, foi tempo de descer até Porto Moniz e aproveitar para um banho nas piscinas naturais. A falta de turismo era notória, com a maior parte dos locais vazios, o que dava uma rara tranquilidade a certos pontos que conhecia de há algum tempo, bastante mais ocupados. O dia terminava e as 18.00 aproximavam-se, pelo que o recolher a casa obrigatório me levou de novo à Camacha.
Deambulando pelo Funchal
O Funchal só por si merece um dia. A cidade estava vibrante como sempre e não fora a obrigatoriedade do uso de máscara, dificilmente se diria estarmos a passar por um período tão negro como o determinado pela pandemia de Covid-19. Gosto do deambular pela Avenida do Mar, entrar no casco velho, subir ligeiramente até à estátua de Gonçalves Zarco, apreciar o Forte de São Lourenço, que data do século, XVI, a fachada do Banco de Portugal, no cruzamento das avenidas Zarco e Arriaga, e sentar no casulo tropical que é o Jardim Municipal.
A cidade deve o nome ao funcho, a planta herbácea que cresce pelo vale e por toda a ilha, também conhecida por erva-doce. Mas há quem diga que o nome pode ter sido trazido do continente, já seria estranho que no meio de tanta árvore os descobridores se deslumbrassem com esta planta. Enfim, um bom motivo de discussão para os historiadores.
Pela manhã, imersão no Mercado dos Lavradores onde um peixeiro arranjava um poderoso bonito com algumas dezenas de quilos, e aproveitei para comprar uns belos bifes de atum para grelhar à noite com uma poderosa vista sobre o Funchal, visto da Camacha. Lá dentro é um festival de cores e odores e perdi-me de volta da fruta, provando todo o tipo de maracujás, anonas, bananas da madeira, pitangas, goiabas, a asiática fruta-dragão e os inevitáveis tomate inglês e fruto delicioso.
Mais ao lado foi tempo de comprar todo o tipo de ervas (para infusões!) desde poejos, dos chás da minha avó, passando pela erva-príncipe, tomilho bela-luz, cavalinha e outras que tais. Acabámos o dia a beber umas ponchas em Câmara de Lobos, pois com o recolher imposto éramos literalmente corridos de qualquer esplanada que estivesse aberta. O dia estava terminado e no dia seguinte, seria tempo de soltar a coudelaria da ‘Katoche’.
Sexta-Feira Santa
O bom do Gonçalo apareceu cedo para a volta combinada. O gigante de quase 1,90m apareceu numa pequena V-Strom 250 e logo saímos em direção às fajãs do Cabo Girão. As vistas desde o promontório mais alto da Europa são de cortar a respiração, ainda para mais com a passadeira de vidro construída na sua borda. Com os seus 580 metros de altitude, o Girão é mais alto que a Serra de Sintra e na minha cabeça só revia o salto efetuado pelo maluco do Mário Pardo, em 2005, que se atirou por uma rampa para o infinito num espetacular salto de ‘base jump’ (vejam em https://youtu.be/JzUAnrP0TlE). Já a pobre Suzuki RM que lhe serviu de catapulta, acabou os seus dias pior que o chapéu de um pobre.
Surf e lapas
Daqui seguimos para a Venda do André (para muitos a melhor poncha da Madeira) onde aproveitámos para ver como se faz a bebida mais popular da ilha. O inevitável caral…inho, feito de madeira é um instrumento fundamental para espalhar o mel, segundo dizem. Daqui foi tempo de rumar ao mar. Ribeira Brava, Ponta do Sol e o Paúl do Mar. Fotos e mais fotos, e pausa para comer.
O jejum de carne da sexta feira santa foi compensado com umas suculentas lapas e um escabeche de polvo, com o obrigatório bolo do caco de permeio. Conversa com o Fabrice sobre os melhores spots de surf na ilha, nas costas sul e norte, ele que veio de França e se radicou na Madeira por causa deste desporto.
Do Paúl subimos o carrocel que dá acesso à Fajã da Ovelha com umas vistas impressionantes e falhámos o melhor pastel de nata de Portugal – segundo nos contam – porque a Panoeste estava fechada. Tempo para o vira e revira da Regional 101 e a lembrança de porque a ilha parecia bem maior há umas dezenas de anos. Os pneus das motos agradeciam as lambidelas laterais que nos levaram a passar pela Lombada dos Marinheiros, Ponta do Pargo até à Achada da Cruz. Aqui há um teleférico que nos leva até à Fajã da Quebrada Nova onde… não se passa nada. Só lá se pode chegar de barco ou teleférico. Porto Moniz estava já aí à frente, bem como a selvagem costa norte que iríamos tentar percorrer o mais possível pelos trechos da ER101 que ainda estavam abertos.
Costa Norte selvagem
As pedras de todas as dimensões sobre o asfalto relembravam o perigo que constitui andar nestes troços, com alguns túneis escavados na rocha sem qualquer tipo de revestimento ou iluminação, pois a chuva pode provocar uma derrocada a qualquer momento e sem aviso prévio. Ribeira da Janela, Seixal, Arco de São Vicente tomaram-nos tempo, onde andámos para trás e para diante como miúdos de volta de um brinquedo novo. As fortes chuvas recentes criavam cascatas de considerável dimensão por toda a costa norte da ilha, às quais era impossível resistir a parar.
De volta ao Funchal
Mas o tempo não dava para mais e a ponta nordeste ficaria para uma próxima oportunidade. Era tempo de voltar para sul, subindo a Serra D’Água até ao extenso túnel da Encumeada e depois descer em direção da Ribeira Brava, com destino ao Funchal. Ainda deu para ver a Doca do Cavacas, sobranceira à Praia Formosa, plena de calhaus rolados, e percorrer a Estrada Monumental, onde passaríamos as duas noites sobre a Promenade do Lido.
Soube a pouco mas fica o reconforto de saber que podemos reconectar a (re)descoberta da ilha – que já conhecemos bastante bem de aventuras passadas – a qualquer momento, como se o hiato de tempo não existisse e em cada vez que aterramos na Madeira o relógio voltasse a marcar horas, minutos e segundos apagando da memória tudo o que intermediou entre episódios em solo insular. Havemos de voltar, enquanto o 737 se projeta para o ar abanando as asas como que num até já!
KTM 890 Adventure R: aventureira e súbdita da imperatriz Sissi
Em terrenos claustrofóbicos e tão revirados como os da Madeira, uma moto sente-se como peixe na água. A KTM 890 Adventure R foi uma notável companheira para estes dias de passeio-descoberta. Inegavelmente alta para o meu escasso 1,75m, o deslocamento do reservatório para as partes inferiores da moto levam a que a Adventure nos pareça pequena, com bastante espaço desanuviado à nossa frente, fazendo esquecer que lá em baixo está o ‘bisturi’ austríaco de 900cc. Com uma boa instrumentação policromática, o motor chega e sobra para estas andanças e a maneabilidade e segurança a pisar permitem rolar com todo o à vontade e sem surpresas.
O bicilíndrico gosta de rolar acima das 2.000 rpm e se o provocarem a aceleração está lá. O assento é duro mas para o que andámos não colocou qualquer dificuldade e quanto a consumos, ficámos pelos 7 L/100 km, o que dado o estilo de condução praticado, subidas e alguma via rápida não nos surpreendeu.
Muito boa esta austríaca aventureira, que prefere outros espaços (mais vastos) mas rolou sem qualquer dificuldade pelas serpentes madeirenses.
Léxico Madeirense
- A Madeira é rica num léxico muito próprio que convém saber o significado.
- Fajã – pequeno terreno plano, proveniente da acumulação de detritos lávicos e utilizado para agricultura, normalmente junto ao mar.
- Paúl – terreno alagado com águas paradas; pântano;
- Levada – canal de irrigação, ou aqueduto, com um caminho pedonal paralelo, típico da Madeira e nalguns casos requerem algum cuidado, dada a altitude e falta de proteção a quedas;
- Bilhardice – coscuvilhice;
- Cubano – um natural do continente;
- Profeta – um natural de Porto Santo;
- Chavelha – um natural de Câmara de Lobos;
- Abelhinha – Táxi;
- Caramujo – burrié, caracol do mar;
- Caçoar – gozar;
- Dentinho – petisco para acompanhar uma bebida (azeitonas, tremoços);
- Estepilha – espanto, caramba
- Gamesse – pastilha elástica;
- Lambeca – gelado de máquina, tipo ‘sunday’;
- Olho de boi – lanterna;
- Stefan – roda sobressalente;
- Tabaibo – figo da piteira;
- Esgamoado – esfomeado;
Onde comer e beber
Pequeno-almoço fabuloso é no Luso-Árabe, uma padaria e pastelaria com tudo e mais alguma coisa para começar o dia, além de um serviço super célere. Fica no Caniço, na Estrada do Aeroporto. A Pastelaria Sésamo, na zona dos Barreiros (Funchal) é uma alternativa pela qualidade, mas mais pequena e serviço menos despachado. No Funchal experimentámos o Kampo, do ‘Chef’ Júlio Pereira, na baixa do Funchal, com elevado nível gastronómico. Não esqueçam de pedir o pão com manteiga da casa e vão com tempo. Na Estrada Monumental, O Clássico é imperdível pela qualidade de serviço e do peixe. O boca negra e o bodião são os meus favoritos. A carteira deve estar preparada.
No final da Estrada Monumental, em direção a Câmara de Lobos, podem degustar o tradicional picadinho no ‘Beer Garden’.
Em Câmara de Lobos a espetada é no Polar, mas vão cedo ou não arranjam mesa e a ‘simpatia’ do staff é indiretamente proporcional à qualidade da espetada. Caso se trate de um grupo grande e não queiram estar à espera, O Lagar é uma boa alternativa e sem stresses de estacionamento, na parte alta de Câmara de Lobos.Para beber, poncha é a bebida tradicional na Madeira. O casco de Câmara de Lobos tem várias esplanadas e bares, mas a Venda do André, na Quinta Grande, é um clássico. Na Serra D’Água, a Taberna da Poncha é também um local muito procurado.
Na Ponta do Sol entrámos no Maré Alta, esplanada sobranceira à praia de calhau com staff simpático – peçam o milho frito e espada negro com molho de maracujá. Já no Paúl do Mar, o Maktub é o sítio de ‘Harlistas’ e surfistas, mas comemos umas suculentas lapas e um polvo de escabeche no Ideal. Em Porto Moniz vale a pena tentar o Vila Baleia, e se tiverem de regressar de avião, bem junto ao aeroporto, em Santa Cruz, percam-se na Taberna do Petisco.
Desta vez ficámos na Camacha, no Relax Views, que é composto por quatro apartamentos, com uma vista fabulosa sobre o Funchal e piscina coberta para desfrutar os finais de tarde. Acabámos no Porto Mare, sobranceiro à Promenade do Lido, no Funchal, mas locais para ficar na Madeira é coisa que não falta. O Reid’s, no Funchal, é um clássico, mas convém ter um orçamento à altura de um hotel de luxo. Vale a pena pesquisar os diversos ‘AirBnB’ e conceitos longe do tradicional, como sucede com as Casas da Vereda, no Estreito da Calheta, um conjunto de pequenas casas individuais, com piscina, e uma fenomenal vista sobre o mar.
Miguel Zacarias e a MZ Bike
Miguel Zacarias é um nome bem conhecido dos que viveram o motocrosse e os raides na década de 90 e na primeira do século XXI. Aos 52 anos é o comandante dos destinos da MZ Bike, o concessionário Kawasaki e dos grupos KTM e Piaggio, situado na zona de Dom João, na parte alta do Funchal. É difícil não ficar amigo deste madeirense de 52 anos, que perdeu o pai aos 9 e aos 13 já trabalhava para ganhar a vida. A MZ Bike surgiu em Dezembro de 1996, tendo mudado para as novas instalações em Fevereiro de 2012, depois de finda a sua carreira desportiva. Representa mais de 200 motos vendidas por ano, num espaço com oficina, armazém, e loja para acessórios e bicicletas, com mais de 1200 metros quadrados.
Desportivamente, Miguel Zacarias venceu o regional de MX125, com uma Kawasaki KX em 1988 e 1990, e a classe de 250cc em 1992 e 1994, com uma Honda CR250R. “No anos ímpares estava sempre lesionado”, disse-me numa conversa que tivemos no seu escritório. Virou-se depois para os raides, sendo vice-campeão regional em 1999, com uma Yamaha YZ400F e campeão no ano seguinte com a poderosa KTM 520EXC.
Lembro-me dele do Raide da Madeira, dos duelos com o arqui-rival Vitor Freitas, e da maneira como andava no escorregadio ‘serro’, um terreno argiloso que mais parece vidro e que deixa qualquer continental estupefacto com as quedas a direito sem que nada o possa prever. Zacarias venceu a roda do Troféu KTM no Raide da Madeira de 2000 e numa das etapas fez mesmo terceiro à geral, atrás de Rúben Faria e Pedro Bianchi Prata. A competição terminou para ele em 2012, depois de um grave acidente enquanto passeava de moto pelas serras madeirenses.
Hoje é um ávido praticante de todo-o-terreno, seja de bicicleta BTT ou de moto de enduro, onde continua a dominar o ‘serro’ como poucos. Se forem ao Funchal, vale a pena passar pela Rua de Dom João e conhecer o Miguel.
Motociclismo na Madeira por Gonçalo Paula Ferreira
Nos últimos World Travel Awards (Óscares do Turismo), o Arquipélago da Madeira foi distinguido como melhor destino “ilha” do mundo. Há cinco anos consecutivos que vence esta categoria à frente das famosas e distantes Maldivas, Maurícias, Bali, Polinésia, ou outras que tais. Nas ilhas da Madeira e Porto Santo existe de tudo um pouco, com as enormes vantagens de preço baixo, distância curta e de fácil acesso.
Um excelente destino mototurístico ainda por descobrir. Curvas, marginais, montanha, mar, frio e quente. Conseguimos ter tudo isto em apenas uma hora.
Em 2008, trouxe a minha Yamaha FJR1300 a passear até à Madeira e Porto Santo. Veio no navio ‘Armas’, que ligava Portimão à Madeira, e seguiu no Lobo Marinho até ao Porto Santo. Desde então, anualmente tenho este ritual (sem a minha mota pois é mais cómodo e económico alugar), hoje já com família e amigos, alguns “não-motards”.
Não consigo dispensar o nascer do Sol no Pico do Areeiro, um mergulho nas piscinas de Porto Moniz, as curvas da Floresta Laurissilva, vista oceânica do Paúl do Mar, descer ao Curral das Freiras e subir até Porto da Cruz. No Porto Santo as curvas na Serra de Fora e da costa norte não ficam atrás, acabando na Calheta com uma bebida ao pôr do Sol ou na Vila Baleira com uma lambeca.
Tudo isto é acompanhado com um povo amável, preços muito abaixo dos mais famosos destinos turísticos, clima ameno, as imensas actividades turísticas e de desporto, gastronomia fora de série e um culto ao motociclismo pouco comum num local tão “limitado” de espaço.
Muitos são os madeirenses que andam de moto. Existem alguns grupos motociclistas que organizam passeios e concentrações. No caso das concentrações, cheguei a ir a uma há uns anos, na zona dos Barreiros. Não pensem que é uma concentração como temos em Portugal continental, mas uma coisa podem ter a certeza, serão acolhidos como nunca foram.
No dia do motociclista, há dois anos, também pude acompanhar o passeio do Funchal até Machico e lá, assistir à missa e benção dos milhares motociclistas presentes.
Se forem mais de encontros e passeios do que explorar sozinho ou com amigos, podem conciliar a vossa viagem com a agenda de eventos da AMM – Associação de Motociclismo da Madeira onde também têm uma secção dedicada ao mototurismo.
A AMM também organiza provas que valem a pena assistir assim que a pandemia nos permita: enduro, supermoto, trial, entre outras.
Siga o percurso efetuado na Sexta-Feira Santa em https://www.relive.cc/view/v36AjMYEpZq