Honda CB750 Hornet. Recomeço de uma história de sucesso

Herdeira de um nome de peso na indústria motociclística, a Honda CB750 Hornet marca o recomeço de uma história de sucesso. Com todo um universo de novidades face às antecessoras, a nova Hornet, cujo vídeo de apresentação pode ser visto aqui, promete fazer jus a um nome que, há quase um quarto de século de existência, é sinónimo de ‘naked’ ágil, desportiva e fácil.

Honda CB750 Hornet
  • Por: Paulo Ribeiro

Lançada em 1998, com o motor da anterior versão da CBR600 F devidamente revisto para oferecer maior eficácia e dinamismo em regimes médios de rotação, a Honda CB600 F Hornet (95 cv/12 000 rpm, 62,7 Nm/9500 rpm) conheceu, de imediato, grande sucesso. A bem conseguida mescla de linhas clássicas e pormenores mais agressivos agradou a gregos e troianos. E contribuiu para vendas elevadas de um modelo que estreou quadro tipo Mono-Backbone e braço oscilante de secção retangular. Rodas de três raios, em liga leve, idênticas às utilizadas na CBR 900 RR Fireblade, dois discos de 296 mm de diâmetro e um espaço sob o banco com três litros de capacidade completavam a lista de características da primeira Hornet, cumpridora da norma Euro-1 graças ao sistema de indução de ar fresco.

Honda Hornet

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Em 2000 foi feita a primeira revisão, ainda que ligeira, à CB 600 F. Foi adotada jante dianteira de 17 polegadas, sistema de travagem foi revisto e sofreu mudanças na caixa de velocidades para maior suavidade. Enquanto isso, o motor sofreu diversas modificações e viu a ignição reformulada para oferecer maior binário em regimes médios e altos. Foi ainda neste ano que surgiu a primeira versão S, com semi-carenagem que garantia melhores aptidões turísticas e alargava o leque de potenciais clientes.

Honda Hornet em segunda geração

Se em 2002 a revisão limitou-se aos tubos de travão dourados, em 2003 a profunda mudança ditou o surgimento da segunda geração da Hornet 600. O motor, revisto, foi equipado com novo carburador e sistema catalítico, cumpridor da norma Euro-2. Sistema de amortecimento refinado para melhor maneabilidade, depósito de combustível e banco redesenhados, farol, painel de instrumentos completamente eletrónico e sistema imobilizador de segurança HISS preenchem o rol de novidades.

Mais visível foi a revisão verificada em 2005, com a adoção de forquilha invertida, painel de instrumentos mais compacto e coberto com pequena carenagem. Também o banco recebeu uma cobertura de textura diferenciada para condutor e passageiro e surgiu o novo sistema de luzes de emergência.

Universo desportivo

Mas a grande mudança aconteceu em 2007, com modelo de linhas mais estilizadas e formas mais agressivas. Afinal nascia uma nova “street-fighter” que passava a utilizar o motor da CBR600RR do mesmo ano e não da anterior versão como até aqui, sendo a primeira com injeção eletrónica PGM-FI. De tal forma que, mesmo sendo uma unidade com menos potência, os 102 cv (às 12000 rpm) eram uma referência no segmento, num motor que oferecia binário mais elevado e mais força nos regimes baixos e médios. Além disso partilhava também com a supersport o quadro Mono-Backbone, fundido em alumínio, a forquilha invertida de 41 mm e o braço oscilante em alumínio de seção retangular decrescente.

Honda CB750 Hornet

Depósito de combustível de 19 litros, painel completamente eletrónico ainda que com aspeto mecânico foram outra das alterações. Bem como o novo escape em posição por baixo do motor para melhor centralização de massas. Ademais, com novo conversor catalítico, com sensor de oxigénio, de modo a cumprir a norma Euro-3.

Honda Hornet

Honda Hornet

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Modelo que viria a sofrer mais alterações, sobretudo estéticas, em 2011, com mudanças no farol dianteiro e no painel de instrumentos, agora com ecrã LCD. Em 2013, no Salão de Milão, a Honda apresentou a naked CB650F e a desportiva CBR650F, marcando o ponto final da produção da Hornet. Cujo nome viria a ser redescoberto em 2022, na nova Honda CB750 Hornet de que pode ler aqui as impressões do primeiro contacto.

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