Baterias de iões de lítio: a mão de ferro da China

Não resisti a publicar esta infografia da BloomberNEF. Ela refere-se à capacidade de produção, por país, de baterias de iões de lítio. Em termos de capacidade de armazenamento de energia.

Sem surpresa, a China lidera destacada esta corrida. De tal maneira que seis das dez maiores companhias produtoras destas baterias estão sedeadas naquele país. A CATL e a BYD deram um contributo de leão. Em 2022, o país do ‘Império do Meio’ foi responsável por 77% da produção global. Um valor energético calculado em 893 GWh (para um total de 1.2 milhões de gigawatt-hora).

Só depois aparecem Polónia e Estados Unidos da América, com 6% cada um. Mas com um valor acumulado de energia que é menos de dez vezes o alcançado pelo colosso asiático.

Para 2027, as projeções apontam para um crescimento impressionante. Só a China vai crescer quase sete vezes. Alcançando 6.197 GWh (num total global de 8,9 GWh). O que lhe dará manter a liderança do mercado de modo confortável (69%).

Recuperar o atraso

Os restantes países começam agora a recuperar o investimento tardio, face aos chineses. Estes controlam ainda a produção de componentes vitais como o cátodo, ânodo e materiais refinados necessários para a produção destas baterias. Não é à toa que a China, de há muito, domina a exploração mineira de cobalto na República Democrática do Congo (o maior produtor mundial deste metal). A que haverá que juntar mais de 20 anos de preparação para mineração, processamento e refinação. São várias voltas de avanço, numa metáfora competitiva.

Em cinco anos os EUA deverão crescer mais de dez vezes, alcançando 10% de quota de mercado (908 GWh). Seguidos pela Alemanha, Hungria, Suécia e Polónia.

Diversificação ao virar da esquina

Porém, a busca de alternativas ao cobalto, e mesmo do lítio, não cessa. É mais que provável que o panorama geográfico da produção de baterias seja bem diferente num futuro não muito distante. À medida que novas tecnologias surgem e se desenvolvem. E que essa distribuição seja mais homogénea e sem o predomínio (tão marcante) da China.

Algo que em breve vos irmos mostrar.

  • Texto: Fernando Pedrinho
  • Infografia: BloombergNEF

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